Tuesday, July 03, 2012

A VERDADE VEM À TONA (Parte I)

                    
                    








  
Há algum tempo tive um encontro que mudou minha vida. Não sei como vocês vão reagir lendo sobre ele. Alguns acreditarão,(essa é a razão de eu o estar relatando), alguns pensarão que eu pirei de vez, ou pior, que eu estou inventando (essa é a razão de eu ter me calado por tantos anos). De qualquer forma já me omiti em demasia. Não temo mais o julgamento alheio.                    Que a verdade venha à tona, finalmente!

Numa noite de luar, numa cidade distante, eu o encontrei. Melhor dizendo, ele me encontrou.                                                                                            Eu estava tão encantada observando as estrelas, que não notei quando ou de onde veio. Só sei que em certo momento baixei os olhos e lá estava ele, sua presença serena e bela, refletindo o brilho da lua. Sentí dentro de meu ser, que eu o conhecia e admirava, que estava totalmente segura com ele, que éramos bons e dedicados amigos, embora nunca nos tivéssemos visto antes.                 Tão à vontade eu estava que nem me dei conta da forma como trocávamos idéias: por telepatia.                                                                                    Creio que vocês já perceberam que meu encontro foi de terceiro grau. Foi com o que nós chamamos de extra terrestre.                                                            Não vou descrever meu amigo nem declinar seu nome verdadeiro. Vou chamá-lo de Vincent, em homenagem a VanGogh. Não me perguntem como soube que ele tinha vindo das estrelas. Vocês não acreditariam. Aceitem minha palavra.

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Vincent me contou que estava estudando os terráqueos, mas algumas coisas ele ainda não sabia, precisava de minha ajuda para nos entender melhor. 
-Mas por que motivo me escolheu? Você poderia ter escolhido outra pessoa mais influente. Eu não tenho nada de especial.
-Não se subestime, Solange, você é tão especial como outra pessoa qualquer.
Ele então me perguntou quais eram nossos piores problemas. Respondi que eram a violência, a fome, os desastres ecológicos, os crimes, os assaltos, os assassinatos, as guerras.                                                                           Ele então perguntou sobre o que fazíamos para nos divertir, relaxar, esquecer dos problemas.

-Bem, há diversas formas de entretenimento. Há o teatro, o balé, a música, a literatura...

-E qual é mais popular?


-O cinema e a televisão.


-E sobre o quê é a maioria dos filmes e programas de TV?


-Sobre vários temas, mas na maioria sobre crimes, assassinatos, violência, assaltos, terremotos, vulcões, furacões, fome, guerras, enchentes...


-Mas esses não são seus piores problemas?


-Sim, são.


-E vocês recriam seus piores problemas por diversão, para relaxar e esquecer deles, os problemas?


-É, acho que sim...


-Vocês são estranhos!

Postado em outro blog em 14/06/05, porém cada vez mais atual.

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